sábado, 14 de abril de 2012

Para 20.04.12
TCC

A desterritorialização da escola
A sociedade atual muda velozmente os seus valores. E não há o que se possa fazer em relação ao que vai ficando para trás...
Lamentar o que se perde pelo caminho? É sedutora a ideia. Afinal, “no meu tempo” havia mais respeito pelos mais velhos, filhos não tiranizavam os pais, a família era uma instituição respeitada, casamentos não se desfaziam à menor rusga...
Mas... tenho que admitir:  “no meu tempo” também, quanta mentira se dizia...
A verdade é que o caminhar se impõe, e nem sempre prá frente; às vezes pros lados, uma ou outra vez prá trás, mas a resultante parece sempre ser o que tinha de ser...
Reinventar a vida, de qualquer forma, merece cuidados:
guardar o que dá base,
entregar ao vento o que não serve mais,
saber quando é hora e lugar de reter e de soltar...
E acima de tudo aprender a reler os significados...
A escola de hoje, como a vida, deixou prá trás o tempo e o espaço definidos, estáticos e imutáveis; a internet, o psicopompo da mudança, entra nos lares antes do nascimento de crianças, acompanha-lhes o parto no hospital e continua companheira fiel do isolamento on line dos joguinhos e das redes de convivência (???).
A escola saiu do lugar, anda por onde estão os alunos, busca-os no interior das suas necessidades e expectativas, das suas dificuldades e particularidades... Adaptação aos tempos novos, ao novo homem, à necessidade de satisfação imediata dos desejos urgentes...  
A escola vai longe, vai a todos os locais, mas;
como vai?
o que leva?
o que transforma?
como transforma?
por que transforma?
para que transforma?
a quem transforma?
que perguntas faz?
ouve as respostas?
sabe traduzi-las?
o que faz com elas?
E mais:
E o novo professor, já chegou ao cenário? Ou estamos no limbo do eterno choque de gerações, desta vez mais profundo, mais estonteantemente veloz???
Perguntas, perguntas, perguntas...

2 comentários:

  1. Penso que suas perguntas deverão aumentar com o tempo, com as leituras, as discussões. Mas, certamente, algumas respostas virão ou serão construídas por você. Não estamos sempre no limbo como professores?

    ResponderExcluir
  2. Concordo com a Rita... as perguntas tendem a aumentar, o que é um bom sinal, visto que indica o não acomodamento pessoal diante dessas questões. Há dias que são tantos e tamanhos que a angústia bate, porém há outros em que a sala de aula nos traz respostas que nem mesmo o maior estudioso é capaz de trazer. Enfim... essa é a magia de ser professor e de se trabalhar com pessoas, seres em constante mudança... Nada é exato, cada ação é um mistério novo a ser desvendado! ;)

    ResponderExcluir